Cidades

Mais de 50 mil universitários podem ficar sem transporte

Alunos poderão ficar sem o transporte na universidade. Foto: Paula Fernandes / Divulgação Ascom UFF

Mais de 50 mil universitários que fazem uso do ônibus da Universidade Federal Fluminense (UFF), o BusUFF, podem ficar sem o transporte a partir da próxima semana. Isso porque, segundo o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), os 75 rodoviários que fazem o serviço estão sofrendo há pelo menos sete meses com atrasos nos pagamentos de salários e anunciam paralisação.

De acordo com o Sintronac, uma notificação foi enviada nesta segunda-feira (25) à reitoria da UFF sobre a questão dos atrasos, mas ainda não foi prestado qualquer esclarecimento. Ainda segundo o sindicato, o transporte é feito pela empresa terceirizada Luso Brasileira e 51,4 mil alunos além de 7,6 mil servidores, entre docentes e pessoal administrativo, fazem uso do sistema de transporte.

O pagamento é agendado para todo quinto dia útil de cada mês, mas a empresa não estaria cumprindo com o acordo e credita a universidade o atraso nos repasses.

“Embora a Luso Brasileira afirme que a UFF não está repassando a verba para o transporte no prazo correto, os rodoviários não podem ficar sem pagamento. Este mês, por exemplo, o pagamento só saiu dia 21, após muita pressão do sindicato. Portanto, como o trabalhador não pode ficar sem seu direito básico, que é a remuneração, faremos uma paralisação, já no próximo mês, até que a situação seja resolvida”, declarou o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

Procurada, a UFF informou que o atraso nos pagamentos é consequência da perda real do orçamento das instituições federais. Segundo a instituição, as universidades federais estão com o orçamento de custeio congelado desde a aprovação da emenda constitucional do teto dos gastos em 2016 e estão sofrendo cortes em verbas discricionárias.

A UFF esclarece ainda que está tomando medidas de revisão de todos os contratos para reduzir os custos e que está buscando verbas suplementares e emendas parlamentares para aumentar a sua receita e poder, assim, honrar as suas dívidas.

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